Com visual inspirado nas grandes esportivas da Yamaha, o lançamento da pequena R 15 surpreendeu o mercado brasileiro no ano passado. Mas os atributos do modelo vão além do design baseado na lendária Série R. Veja prós e contras do modelo que mandou bem no teste de primeiras impressões.
Afinal, a Yamaha R 15 é boa?
O lançamento da R 15 aconteceu em junho de 2023 e as primeiras unidades chegam às lojas no fim do ano. Agora, enfim, o abastecimento às concessionárias está normalizado, o que aumenta a procura e interesse pelo modelo. Então, vale a pena comprar a pequena esportiva?
O modelo se destaca pelo nível de construção e ficha técnica. Tem chassi deltabox, balança em alumínio, freios ABS nas duas rodas, painel completo e com shift light, luzes em LED.
Já o motor de um cilindro e 155 cm³ tem arrefecimento a líquido e comando de válvulas variável VVA. Assim, entrega 18,8 cv de potência máxima e 1,5 kgf.m de torque, 8.500 e 10.000 rpm. O câmbio é de 6 velocidades e conta com embreagem assistida e deslizante. Ou seja, estamos falando de uma das motos mais equipadas entre a baixa cilindrada atualmente.
Vale a pena comprar? Pontos positivos
Já tivemos boas experiências com o modelo. A primeira vez que pilotamos a R15 foi no Autódromo de Interlagos, durante seu lançamento. Algum tempo depois, tivemos um dia inteiro de pista com a novidade na Fazenda Capuava, na versão de rua e modificada para pista. Com base nisso, destacamos os pontos que mais nos surpreenderam na pequena Yamaha.
1. Nível de construção
Impossível não abrir a lista de prós da R 15 com este tópico. O modelo tem o melhor nível de construção da baixa cilindrada, com direito a chassi delta box – formato desenvolvido para a lendária R1. Além disso, conta com materiais nobres em vários componentes (como a balança em alumínio) e motor de arrefecimento a líquido. Na segurança, destaque ao ABS nas duas rodas – algo ainda raro nas motos pequenas à venda por aqui.
2. Desempenho
Na pista, a R 15 surpreende em diferentes quesitos. O primeiro é o desempenho, pois seu motor ‘girador’ ultrapassa os 10.000 rpm com facilidade, entregando adrenalina e diversão – dentro dos limites da cilindrada, claro. Além disso, o comando VVA faz seu trabalho, extraindo o máximo da pequena usina de 155 cm³ tanto em altos giros como nas baixas rotações, apresentando boa aceleração e fôlego para retomadas.
E tem a ciclística. A R 15 tem o comportamento irretocável que esperamos de uma Yamaha R. Nas curvas da Fazenda Capuva ela surpreendeu pela estabilidade e capacidade de inclinação, proporcionando uma tocada onde o limite estava no piloto. Era fácil esquecer que estava em uma moto de apenas 150 cilindradas, uma ficha que caía ao encarar longas retas.
3. Custo benefício
O lançamento da R 15 acelerou o coração dos fãs de motos esportivas, especialmente daqueles que não têm orçamento para as poderosas máquinas de quatro cilindros. Mas pelos seus itens de série, pode agradar também quem busca ‘simplesmente’ uma moto moderna, econômica e segura para o dia a dia. Aliás, falamos sobre os diferentes públicos do modelo no vídeo abaixo.
E quem busca ‘apenas’ uma moto urbana, explorando seu potencial esportivo ou não, a R 15 oferece um interessante pacote. Há ABS nas duas rodas, lanterna e farol em LED – e com DLR, painel completo, bocal do tanque tipo aviação e o já referido câmbio de 6 velocidades com embreagem assistida e deslizante. Tudo isso por aproximadamente R$ 21.690 (fipe), apenas mil reais a mais que a líder do segmento, a simples CG 160 Titan. Ou seja, a R 15 tem um atrativo custo benefício.
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Ponto negativo da R 15
Quando tivermos a oportunidade, faremos um longo teste completo com a R 15, explorando todos os seus pontos positivos e negativos, colocando à prova seus atributos ao rodar na rua, pista, chuva, com e sem garupa. E, mesmo nestas primeiras impressões, já podemos destacar um contra: o aumento do preço.
Se os R$ 21.690 acabaram de ser destacados como competitivos ao comparar com rivais como a Titan, o que dizer do preço de lançamento? Na ocasião, o modelo foi oferecido a agressivos R$ 18.990 aos clientes de pré-venda. Agora, porém, quem quiser levar a novidade para casa terá de desembolsar 14% a mais do que aqueles que garantiram a sua há alguns meses, ainda nas compras online.