A Yamaha lançou no mercado a primeira moto elétrica feita por uma grande japonesa no Brasil, A Neo’s Connected. O modelo sem dúvidas abriu a porteira da corrida de eletrificadas no país, já que com isso outras marcas relevantes já se posicionaram para trazer as suas. Porém, em meio a tanta inovação, o que também surpreendeu o brasieliro foi o preço desta nova scooter.
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Custando o valor inicial sugerido de R$ 33.990, a Yamaha Neo’s Connected chegou assim como os carros elétricos. Com preços exorbitantes para a categoria. Nada que não fosse esperado, afinal é uma nova tecnologia e que tem a vantagem da eletrificação.
O ponto é que o mercado de motos elétricas é diferente dos automóveis e por aqui está caminhando com passos mais lentos, ou até para traz. Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, a Fenabrave, motos elétricas venderam 564 unidades a menos (6,73%) em 2024 do que em 2023. Já os carros eletrificados tiveram aumento de 88,22% no mesmo período.

Vantagens e desvantagens da Yamaha Neo’s Connected
Até então sozinha na briga, a Yamaha tem o grande desafio de fazer o basileiro gostar – ou não – da moto elétrica. Muitos podem dizer que há outras fabricantes no país com tal tecnologia, mas ainda nenhuma com a relevância da japonesa.
Para isso a marca trouxe uma moto interessante, voltada para um deslocamento mais urbano e singelo. Com duas baterias de lítio de de 50,4 V ela tem capacidade máxima de 23,2 Ampère-hora (Ah), além de poderem ser removidas para o carregamento. O tempo de carregamento de 0 a 100% é de 9h e para preencher de 20 a 80% 5h.

Com essa tecnologia o condutor pode esquecer o posto de combustível e investir um pouco mais apenas na conta de energia, quem de modo geral pesa muito menos no bolso do consumidor que a gasolina.
Porém ele ficará limitado ao grande problema dos elétricos, autonomia e tempo de recarga. Enquanto uma moto a combustão roda mais de 400 km com um tanque e demora “5 minutos” para ser abastecida, a moto elétrica da Yamaha – assim como todas as outras – tem uma baixa autonomia, velocidade máxima e leva tempo para a recarga. Essa japonesa atinge uma autonomia máxima de 71 km considerando as duas “pilhas” 100% carregadas.
Para quem tem tempo, local e rotina para conseguir carregar as baterias pode ser uma boa, mas não dá para sair sem se planejar.

Modelos alternativos a nova scooter elétrica
Comparando modelos relativos a essa elétrica – já que todos serão a combustão – a própria Yamaha e várias outras concorrentes têm scooters bem mais em conta e mais potentes que a pequena, uma vez que o propulsor de 3 cv de potência dela é equivalente a uma 110.
Anunciada depois da Neo’s Connected, mas lançada antes, a Yamaha Fluo Hybrid Connected foi a segunda eletrificada da marca no país. Com uma tecnologia semelhante na questão de conectividade e posição de pilotar ela é uma híbrida, ou seja, que utiliza combustível fóssil e energia para se locomover.

Essa japonesa funciona de forma mais simples que a maioria dos híbridos. O motor a combustão é apenas auxiliado pelo elétrico em momentos de maior esforço como na ignição e em ladeiras. Mesmo não sendo tão econômica quanto uma híbrida de verdade, pelo preço de R$ 16.690 ela pode compensar mais que a 100% elétrica.
A Yamaha ainda conta com outros modelos mais potentes que custam menos, como as NMax e XMax, pelo preço de R$ 22.590 e R$ 36.390, respectivamente. Estas são bem mais encorpadas e pelo tamanho do motor podem até levar o piloto meio a rodovias e em velocidades mais elevadas.


A Honda também conta com vários modelos, campeões de venda, e que custam menos do que esta nova moto elétrica da Yamaha.
Por R$ 13.610 a Honda Elite 125 é 4ª scooter mais vendida do Brasil e a mais barata da fabricante japonesa. Indo para um modelo mais tecnológico, a ADV 160 que conta com tecnologias de controle de tração, chave presencial e outros mimos, parte de R$ 24.534.


Quem quiser gastar um pouco mais com scooters tecnológicas pode desembolsar mais de R$ 55 mil com a BMW 400 X, uma novidade que chegou ao mercado no fim de 2023.

- Fato é que a Yamaha é a precursora de um grande desafio e a popularização da moto elétrica dependerá dela e dos modelos que a Honda trará em março. Se os preços continuarem assim pode ser que não sejam tão populares quanto pareciam ser.
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