A Yamaha XT 660 R é até hoje lembrada com saudosismo entre as mais diferentes tribos de motociclistas. Pioneira em alguns aspectos no Brasil, a moto já foi de uso de forças policiais, e também um ícone do Funk ostentação. Confira mais detalhes da história da moto da Yamaha.
1 – Precursora e robusta
A princípio, a XT 660 R foi lançada em 2005 como um dos produtos de ponta da Yamaha. O modelo chegou para substituir a bem-sucedida XT 600. Ou seja, mais uma moto da série XT original, uma linha inspirada nas máquinas usadas no rali Dakar. Daí surgia seu vínculo com a irmã, a XT 660 Z Ténéré.


Além disso, quando lançada, a XT 660 se destacava também pelo seu pioneirismo. Em resumo, a moto foi uma das primeiras em sua classe a agregar o uso, da então novíssima, injeção eletrônica. A novidade acabava com os “apagões” que haviam nos motores ainda carburados.
Enfim, coloque na conta ainda o uso das suspensões de longo curso: 225 mm na dianteira e 200 mm na traseira. Além disso, não devemos esquecer do motor com potência máxima de 48 cavalos e torque de 5,95 kgf.m a 5.250 rpm. Resultado, era uma moto com versatilidade de sobra!


2 – XT 660: a moto da polícia
Aliás, tamanha era a versatilidade da XT 660, que mesmo já em 2016, a Polícia Militar do Estado de São Paulo recebeu 314 unidades do modelo. As máquinas foram divididas entre os diversos Comandos de Policiamento sobre duas rodas.


Além disso, ainda próximo do fim da linha da motocicleta, em 2018, o modelo era um veículo requisitado entre as forças de segurança. Em 2019, um ano após o encerramento da produção da XT, o 14º Batalhão de Polícia Militar de Santa Catarina seguia realizando treinamentos com as suas novas e últimas máquinas.
Mas engana-se quem pensa que o préstimo da motocicleta da Yamaha tenha chegado ao fim. Ainda em 2024, vereadores da cidade de Miranda, em Mato Grosso do Sul, reivindicavam a aquisição de unidades da XT para reforçar o policiamento.
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3 – Ícone do Funk ostentação
É claro, a versatilidade, potência e o design bem resolvido, não apenas caíram no gosto das forças policiais. Em resumo, entre os mais diversos grupos populares, fãs e usuários de motocicletas, o modelo chamou a atenção.
Porém, nenhuma outra tribo se dedicou tanto a cantar sobre a XT 600 como o Funk ostentação. Isso mesmo: quem lembra de “Quer andar de Meiota?” Popular nas grandes cidades, a gíria foi um apelido para a 660cc.


Entretanto, além de “Meiota” do MC Kekel, a moto esteve em outras músicas como “Fuga de XT” de MC Kadu, “660” de MC Boy do Charmes, “Comprei Uma Meiota” de MC Mãozinha e “Não Chora” de MC Rodolfinho entre outras mais.
Também pudera, com todos os seus destaques de conjunto e design, a XT 600 também era um item valorizado para ser ostentado. Enfim, tinha preço de quase 40 salários mínimos nos seus tempos áureos, a mais de 10 anos atrás.