Como motos elétricas estão ganhando espaço nas ruas rapidamente. Elas são práticas, silenciosas e não emitem poluentes diretamente, mas nem todos os pontos são positivos. É preciso estar ciente a alguns detalhes antes de passar o cartão de crédito. Veja 5 informações sobre as motos elétricas que o vendedor não lhe contou – ou distorceu.
1 – Desempenho das motos elétricas
O desempenho das motos elétricas ainda está aquém dos modelos a gasolina. De forma geral, elas apresentam comportamento similar a motos de até 150 cc, mas a maioria anda como uma moto de 50 cc. É o caso da Yamaha Neo’s, inclusive, com velocidade limitada a 45 km/h. Já modelos como a W-Trail 160 prometem atingir 100 km/h, mas custam acima de R$ 32 mil – enquanto uma Bros 160 ABS, que chega aos 120 km/h, tem preço sugerido de R$ 21.820, por exemplo.


Não estamos falando que as motos elétricas são fracas, ‘mancas’ ou qualquer outro termo para indicar baixa velocidade. Apenas lembrando que são produtos voltados à mobilidade urbana, com deslocamentos pequenos e práticos na cidade. Então, se você precisa de uma moto para uso mais severo, levar garupa. subir aclives ou pegar rodovia, talvez uma moto elétrica pode não ser a mais indicada.
2 – Autonomia das motos elétricas
Falando em versatilidade, o grande ponto onde as motos elétricas ainda precisam evoluir é quanto a sua autonomia. Frequentemente, vemos modelos populares de elétricas abaixo dos 100 quilômetros de alcance. E tem ‘uma pegadinha’: os números máximos são obtidos apenas em condições específicas de uso, como rodar abaixo dos 40 km/h, que variam conforme o modelo. Para comparação, uma CG 160 faz mais de 600 km com um tanque de 16 litros de gasolina – mesmo em rodovia, acima de 80 km/h.
3 – Tempo de recarga da bateria
Ok, talvez a autonomia não seja um problema para quem roda apenas trechos pequenos, na cidade. Porém, de um inconveniente não é possível escapar: o tempo de recarga. Em resumo, as motos elétricas precisam de cerca de 3 a 5 horas para uma recarga completa. Dependendo do modelo, esse tempo pode se estender mais. Mas, é claro, você não precisa ‘encher o tanque’ antes de sair de casa.


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4 – Precisam de habilitação
Ao contrário do que muitos vendedores, lojas e até marcas pregam em ações de marketing, a imensa maioria das motos elétricas precisa de carteira de habilitação e emplacamento. São exceções apenas bicicletas elétricas (que tenham pedais) e alguns tipos de ‘autopropelidos’. Mas, há uma série de regras para se encaixar nesta categoria, como não exceder 32 km/h de velocidade final. Veja as outras condições na lei federal que trata do assunto. Então, aquela história de ‘comprar uma elétrica pra não precisar gastar com carta e documentação’ acaba não tendo aplicabilidade prática.


5 – Preço alto
Por fim, o preço das motos elétricas ainda é um dos grandes inconvenientes dos modelos. Via de regra, elas têm preços bem mais salgados que modelos à combustão com desempenho e proposta semelhantes. Vamos ilustrar a situação.
A SE1 é uma das motos elétricas mais baratas da Shineray. Tem motor de 2000w (2,7 cv), atinge 59 km/he custa R$ 12.490. A mesma marca oferece a Phoenix S, com os mesmos 2,7 cv, mas movida a gasolina. Custa R$ 8.790. Uma diferença de R$ 3.700, ou 29%.

